Embate na Câmara de Sinop: Vereadora acusa misoginia e leva resposta dura de Vereador Marcos Vinícius

Sessão tem troca de acusações, denúncia de violência simbólica e escancara crise entre oposição e base aliada
A 17ª sessão da Câmara de Sinop, realizada nesta semana, foi marcada por um embate tenso e de alto teor político entre os vereadores Sandra Donato (Republicanos) e Dr. Marcos Vinícius (PSDB).
A vereadora acusou o colega de prática de violência simbólica e misoginia, mas acabou surpreendida por uma resposta dura e direta que reacendeu a crise entre oposição e base aliada.
Durante discurso na tribuna, Sandra ,única mulher no Legislativo ,denunciou, sem citar nomes, que houve “violência simbólica contra as mulheres” na sessão anterior, em razão de declarações feitas por Dr. Marcos. Ela citou como exemplo um suposto desrespeito à memória de Ivete Dorner, ex-mulher do prefeito Roberto Dorner (PL), e convocou o público feminino presente a se manifestar em solidariedade.
A resposta veio de imediato. Usando seu tempo no grande expediente, Vereador Dr. Marcos Vinícius não poupou críticas. De forma incisiva, acusou a vereadora de distorcer sua fala e usar a pauta de gênero como instrumento político.
“Quando precisar citar alguma fala de minha autoria, pode falar meu nome. Não há razão de fazê-lo se tiver receio do direito de resposta”, disparou. O parlamentar ainda afirmou ser contrário ao que chamou de “vitimismo usando sexismo”.
Ele esclareceu a equipe do site Foco News MT, que, na sessão anterior, não atacou a memória de ninguém, mas sim fez uma cobrança à gestão municipal sobre a falta de equidade nas homenagens públicas, citando que vítimas da saúde pública também deveriam ser lembradas. “E Curiosamente, essas vítimas também são mulheres”, destacou.
Em tom firme, completou: “Não há desrespeito algum. Há sim, cobrança por justiça. Quem tenta transformar isso em machismo ou violência simbólica está praticando distorção dos fatos para confundir a opinião pública”.
O vereador ainda revelou que protocolou o Projeto de Lei 062/25, que prevê amparo e apoio a mulheres em situação de violência doméstica. “Falar de defesa das mulheres não é discurso, é prática”, finalizou, encerrando sua fala sob clima de forte tensão no plenário.
O conflito foi desencadeado na sessão anterior, quando o Vereador Dr. Marcos criticou a gestão do prefeito Roberto Dorner (PL) por, segundo ele, priorizar homenagens seletivas:
“Eles divulgam o nome da escola que leva o nome da ex-mulher do prefeito, mas escondem os nomes de pessoas que morrem por responsabilidade da gestão dele”, declarou na 16ª sessão.
A fala irritou vereadores da base, como Dilmair Calegaro (PL), que rebateu na mesma sessão. No entanto, sem direito de resposta, Dr. Marcos aguardou até a sessão seguinte, quando a vereadora Sandra Donato trouxe o assunto novamente, sob a ótica da violência simbólica e da misoginia.
O que se viu, no entanto, foi o embate mais acalorado do ano até aqui, escancarando a fragilidade do diálogo e o acirramento político dentro da Câmara de Sinop.

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