Ex-secretário de Cuiabá, Célio Rodrigues, advogado e procurador são presos por fraudes na Saúde de Sinop

A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (19), o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, além do advogado Hugo Florêncio de Castilho e o procurador do Município de Sinop (500 km de Cuiabá), Ivan Schneider, que são alvos da Operação Cartão Postal. Todos esses alvos são investigados por fraudes na prestação de serviços à Saúde Pública de Sinop.

Célio Rodrigues foi preso em Cuiabá e levado para a Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor).

De acordo com a Polícia Civil, o advogado Hugo Florêncio de Castilho seria sócio de Célio na empresa Vida e Sorriso Clínica Médica e Odontológica. As informações são de que ele foi preso em Cuiabá, no condomínio de luxo onde mora.

A ação é da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). Foram expedidos 32 mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal, contra 34 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas.

São cumpridas seis ordens de prisão preventiva, um de monitoramento eletrônico, duas ordens de suspensão do exercício da função pública, um de suspensão parcial do exercício da função pública, bem como a suspensão de exercício de atividade de natureza econômica de seis empresas.

Os mandados são cumpridos em Sinop, Cuiabá, Várzea Grande, São Paulo (SP), Praia Grande (SP) e São Vicente (SP).

Treze pessoas são alvo de medidas cautelares diversas da prisão, como a proibição de acessar as dependências administrativas da Saúde do Município de Sinop, a proibição de manutenção de contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar da Comarca sem autorização do Juízo, entrega de passaporte e comparecimento periódico em Juízo.

Com base nas investigações, também foi determinado o bloqueio de valores das contas bancárias de 34 pessoas físicas e jurídicas, o sequestro de bens móveis de 21 alvos e o sequestro de bens imóveis de outros oito alvos, a fim de recompor os cofres públicos no montante de R$ 87.419.285,01, que é o valor global de três contratos celebrados entre Sinop e a organização social que gerencia a Saúde da cidade.

A Justiça determinou a imediata retomada das atividades da Pasta da Saúde diretamente pelo próprio Município, ocupando-se provisoriamente toda a estrutura de uma organização social que vinha prestando esse serviço de forma terceirizada na cidade.

O Poder Judiciário ordenou ao Município que avalie, no prazo de 10 dias, a possibilidade de rescisão contratual com a organização social, bem como a apresentação de minucioso relatório dando conta de todas as irregularidades eventualmente praticadas por essa organização social.

Foi determinado que o Município utilize o valor de R$ 1.798.790,20, que foi prestado pela organização social investigada como garantia do Contrato n.º 58/2023 (atualmente vigente). Esse montante deve ser destinado ao custeio da saúde do município durante o período de ocupação temporária.

Também a fim de assegurar a continuidade da prestação do serviço de saúde no Município, o Juízo ordenou a suspensão de todos os pagamentos já previstos ou empenhados para a organização social.

Foi autorizado o compartilhamento de provas da investigação e de toda a documentação referente aos contratos com o Tribunal de Contas do Estado (TCE)  para realização de auditoria.

Ainda, foi autorizado o desmembramento da investigação em dois outros inquéritos policiais, totalizando, assim, três investigações, dada a magnitude e complexidade do esquema supostamente criminoso descoberto.

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