Justiça manda soltar empresário e policial militar envolvidos com assassinato de enfermeira

A Primeira Câmara Criminal concedeu liberdade ao empresário R. R. e o policial militar M. V. P. R. acusados de assassinaram a da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, 43 anos, no mês de setembro de 2019, na cidade de Sinop (a 478 km de Cuiabá). Apesar da concessão de liberdade, ambos serão monitorados por tornozeleira eletrônica e submetidos ao júri popular no dia 28 de marços de 2023.

De acordo com o documento, a defesa de Ronaldo sustentou que o empresário está preso desde 2019 e alegou constrangimento já que ele e o policial não foram submetidos a julgamento desde então.

Com isso, a Primeira Câmara Criminal concedeu a liberdade por unanimidade mediante o cumprimento de cautelares como proibição de manter contato com testemunhas,  proibição de se ausentar da Comarca, sem prévia autorização judicial e monitoramento eletrônico.

“Por outro lado, a gravidade da conduta atribuída ao paciente, que teria planejado o homicídio [em concurso com o policial militar Marcus Vinicius Pereira Ricardi, o qual trabalhava no estabelecimento comercial da vítima] de sua companheira Zuilda Correa Rodrigues, a qual fora supostamente assassinada mediante agressões físicas e esganadura, até desmaiar [“de forma violenta” e com “brutalidade”], recomenda a imposição de medidas cautelares alternativas para garantia da ordem pública (STJ, HC nº 468446/PR – Relator: Min. Sebastião Reis Junior – 25.9.2019), inclusive monitoramento eletrônico, consoante aresto desta e. Câmara retrocitado.”, diz trecho da decisão.

RELEMBRE O CASO

De acordo com a Polícia Civil, foi o próprio marido que registrou um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento de Zuilda no dia 28 de setembro de 2019, poucas horas depois de a mulher ter sumido em 27 de setembro. Na queixa, Ronaldo afirmou que Zuilda foi vista pela última vez quando estava indo ao centro da cidade para ajudar o esposo no trabalho de venda de espetos.

De acordo com testemunhas, a enfermeira conduzia uma caminhonete Toyota Hilux SW4, que foi abandonada da porta da casa da vítima, horas depois do seu desaparecimento. No boletim de ocorrência, o marido, na tentativa de dar veracidade ao relato de desaparecimento, acrescentou que Marcos era sua testemunha.

Diante disso, o militar foi convocado para prestar depoimento na delegacia da cidade. Na unidade, os policiais observaram que o policial tinha marcas de arranhões no rosto e o questionaram o que teria provocado tais lesões.

Marcos justificou dizendo que havia caído de motocicleta. Em um primeiro momento, a versão foi contestada pelos policiais civis que começaram a questionar sobre os fatos. Em determinado momento, o policial confessou que matou a enfermeira a mando do marido dela.

O corpo de Zuilda foi encontrado em um córrego da Estrada Ruth, na região do bairro Jardim Terra Rica no dia 8 de setembro.

GALERIA DE FOTOS

Gostou? compartilhe
COMENTÁRIOS
VEJA TAMBÉM
plugins premium WordPress