O ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, está preso há oito meses. Ele está sob prisão preventiva, mesmo sem apresentação de denúncia. O pedido de soltura já foi negado duas vezes pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Vasques foi preso em 9 de agosto de 2023. O ex-PRF é investigado por supostamente utilizar o órgão para interferir no resultado das eleições de 2022. A acusação é de que a PRF foi usada para dificultar a chegada de eleitores do Nordeste aos locais de votação no segundo turno.
Para perseguir o Silvinei, a Polícia Federal está estuprando o texto legal. Está criando a sua própria lei, o que é uma vergonha, porque ela não tem capacidade nem legitimidade para fazer isso. É uma engenharia jurídica ilegal – criticou Eduardo Pedro Nostrani Simão.
De acordo com a Polícia Federal (PF), a prisão de Vasques é importante para que a “produção de elementos probatórios possa ocorrer de forma clara, precisa e eficaz, sem qualquer interferência do mesmo em sua produção, sendo mais que conveniente, de suma importância para a instrução criminal”.
Moraes respondeu à PF, concordando com a acusação e classificando como “gravíssimas” as condutas atribuídas ao ex-PRF. A investigação se encontra em fase final. A PF chegou a negociar ao menos duas delações premiadas no inquérito.