Uma imagem em 3D de uma mulher portadora de sífilis foi feita pelo brasileiro Cícero Moraes com auxílio dos antropólogos australianos Elena Varotto e Francesco Maria Galassi. A reconstituição do rosto da mulher foi feita com base no crânio com lesões encontrado em uma sepultura sem caixão no cemitério do mosteiro Skriðuklaustur, na Islândia. A escavação ocorreu entre 2002 e 2012.
O crânio, cuja foto está disponível Sketchfab pela Northern Heritage Network, não tinha a mandíbula, o que não interferiu na reconstituição digital, já que as estruturas disponíveis eram suficientes para refazer a imagem e Moraes conseguiu reconstruir o osso. Além disso, o osso nasal teve que passar por uma correção estrutural, por ter incoerências — não se sabe o porquê.
Para descobrir a faixa etária, os pesquisadores utilizaram como referência o fechamento das suturas. De início, acreditaram que a mulher tinha entre 25 a 30 anos quando morreu. Entretanto, os fechamentos da sutura, quando avaliados, indicaram uma idade mais avançada, por volta dos 30 a 35 anos.
Cícero Moraes é reconhecido mundialmente por seu trabalho.