Sorriso: Presidente do legislativo Iago Mella requer anulação de questão do ENEM que critica o agro

Conforme Iago Mella, a questão apresenta a moderna produção agropecuária brasileira de forma absolutamente equivocada.
Requerimento de autoria do presidente da Câmara de Sorriso, Iago Mella (Podemos) será encaminhado ao Ministério da Educação e ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira solicitando a anulação da questão nº 89 da prova branca, aplicada no dia 05 de novembro de 2023, no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
O enunciado da questão afirma que, “no Cerrado, o conhecimento local está sendo cada vez mais subordinado à lógica do agronegócio”. Adiante, o texto diz que “de um lado, o capital impõe os conhecimentos biotecnológicos, como mecanismo de universalização de práticas agrícolas e de novas tecnologias, e de outro, o modelo capitalista subordina homens e mulheres à lógica do mercado”.
Conforme Iago, a questão apresenta a moderna produção agropecuária brasileira de forma absolutamente equivocada, pejorativa e descolada de embasamento técnico-científico, induzindo estudantes ao erro e criando desinformação sobre uma atividade essencial para a sociedade brasileira.
“Pedimos a anulação dessa questão e aguardamos um posicionamento do Governo Federal com relação a questões ideológicas e sem embasamento científico ou acadêmico presentes no ENEM. O agronegócio movimenta a economia brasileira, preserva o meio ambiente através de seu uso sustentável, gera empregos e alimenta o nosso país e o mundo. Temos motivos de sobra para nos orgulhar desse setor”, afirma o presidente.
O presidente ressalta ainda que, a afirmação de que o agronegócio promove “pragatização dos seres humanos e não humanos” reforça a premissa de que no material didático ofertado pelo MEC cerca 88% das menções ao agronegócio são autorais e sem embasamento. “Portanto, mais do que anular as questões, o MEC precisa esclarecer à sociedade como pretende interromper esse ciclo de desinformação”, frisa.
O Sindicato Rural de Sorriso também se posiciona a favor da anulação da referida questão e reforça que a prova é uma ferramenta educacional com o propósito de avaliar e preparar estudantes para o ensino superior e não para destruir e criminalizar o setor vital para a segurança alimentar mundial.

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