Taiwan mobiliza Forças Armadas após China cercar a ilha

Taiwan mobilizou, nesta quinta-feira (23), suas Forças Armadas em resposta aos exercícios militares anunciados pela China. A ilha detectou a presença de 42 aviões e 31 navios chineses ao redor do território e de seus arquipélagos periféricos, durante o primeiro dia de manobras lançadas por Pequim para “punir” os “atos separatistas relativos a Independência” taiwanesa.

– O exercício militar desta vez não só não ajuda na paz e na estabilidade no Estreito de Taiwan, mas também destaca a mentalidade militarista do Partido Comunista chinês, que é a essência do expansionismo militar e da hegemonia – disse o Ministério da Defesa Nacional (MND) de Taiwan em um comunicado.

O novo presidente de Taiwan, William Lai (Lai Ching-te), afirmou que seu governo mostrará “determinação” na hora de “proteger” a ilha, em torno da qual a China implementou nesta quinta intensas manobras militares que estão programadas para continuar nesta sexta (24).

– Neste momento, a comunidade internacional está prestando muita atenção ao Taiwan democrático. Perante os desafios e ameaças externas, continuaremos a defender o valor da liberdade e da democracia e a proteger a paz e a estabilidade regionais – afirmou o presidente.

No seu discurso durante um ato na sede da 66ª Brigada de Fuzileiros Navais, no qual não se referiu explicitamente aos exercícios da China, Lai destacou sua “confiança” no Exército da ilha e pediu a todos os cidadãos “que tenham calma”.

Como comandante-chefe das Forças Armadas, minha responsabilidade é proteger o nosso país e proteger as vidas e propriedades de todas as pessoas (de Taiwan). Estarei na mesma frente que meus irmãos e irmãs do Exército para proteger conjuntamente a segurança nacional – disse Lai.

O presidente, rotulado por Pequim como “secessionista” e “desordeiro”, destacou sua intenção de “promover a reforma da defesa nacional, fortalecer a eficácia geral de combate do Exército e prestar melhores cuidados” aos membros das Forças Armadas.

A China classificou os exercícios como “completamente legítimos e necessários”, observando que estão “alinhados com o direito e a prática internacional”.

Esses exercícios procuram salvaguardar a soberania e a integridade territorial da China, bem como punir as atividades separatistas daqueles que promovem a “independência de Taiwan”. São também uma séria advertência contra forças externas que provocam e interferem nos assuntos internos da China – disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin.

 

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