Justiça da Espanha concede liberdade a Daniel Alves

A Justiça da Espanha aceitou, nesta quarta-feira (20), o pedido de liberdade condicional feito pela defesa do jogador Daniel Alves, condenado a uma pena de quatro anos e seis meses por estuprar uma mulher no banheiro de uma boate do país europeu. Na decisão, os juízes deferiram a liberdade provisória sob o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões).

Caso o jogador faça a quitação da fiança e obtenha a liberdade, o Judiciário espanhol ordenou que sejam retirados de Alves ambos os passaportes que ele possui (espanhol e brasileiro), que o jogador seja proibido de sair da Espanha e que ele seja obrigado a comparecer ao tribunal semanalmente.

CONDENAÇÃO
A Justiça espanhola condenou Daniel Alves no último dia 22 de fevereiro pelo estupro de uma jovem no banheiro de uma cabine privada da Boate Sutton, em Barcelona, ​​na noite de 30 de dezembro de 2022. De acordo com o Judiciário, Alves teria forçado a vontade da vítima “com uso de violência”.

Na sentença, o tribunal determinou que o brasileiro, que já se encontrava em prisão preventiva pelo crime de agressão sexual, teria que cumprir uma pena de quatro anos e meio de prisão, cinco anos de liberdade vigiada e nove anos de afastamento da vítima, que deveria ser compensada ainda com 150 mil euros (R$ 804 mil na cotação atual).

No julgamento, que ocorreu entre os dias 5 e 7 de fevereiro, o Ministério Público pediu nove anos de prisão para Alves, enquanto a acusação exercida pela vítima solicitava 12 anos. O tribunal, que aplicou a hipótese atenuante de reparação do dano, concluiu que está provado que Daniel Alves “agarrou subitamente” a vítima, atirou-a ao chão e, impedindo-a de se mexer, violentou-a.

Segundo o tribunal, “para a existência de agressão sexual não é necessário que ocorram lesões físicas, nem que haja provas de oposição heroica por parte da vítima a manter relações sexuais”.

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