Após pouco mais de duas semanas de alteração viária nas ruas Colonizador Ênio Pipino e João Pedro Moreira de Carvalho, em Sinop, comerciantes relatam queda no movimento e prejuízos. A mudança, que tornou temporariamente as vias mão única devido às obras dos viadutos e da reconstrução da pista da BR-163, deve permanecer até o segundo semestre de 2026.
O presidente da CDL, Edmundo Costa Neto, afirmou que a entidade tem recebido “muitas reclamações”. Segundo ele, os empresários sempre defenderam a manutenção da mão dupla, mas reconhecem que a medida atual é por segurança durante as obras. “É um momento de paciência, mas depois vamos lutar pela volta da mão dupla”, garantiu.
Já o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sinop (ACES), Fábio Migliorini, destacou impactos diretos nas vendas. Ele citou o exemplo de um posto de combustíveis que teve o movimento zerado no Dia dos Namorados, além de dificuldades enfrentadas por distribuidoras e revendas de veículos com o acesso de caminhões. “Empresas menores também estão sofrendo, clientes acabam indo para concorrentes em locais de mais fácil acesso”, disse.
Migliorini também criticou a falta de um planejamento melhor para minimizar os transtornos. Segundo ele, a adoção de rotas alternativas e um maior número de faixas poderia ter ajudado. Mesmo assim, o empresário reforça a importância da obra: “É um sonho antigo, a cidade precisa da BR, mas precisamos encontrar formas de amenizar os impactos.”