A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou a anulação dos depoimentos prestados por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, que firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal em setembro de 2023.
Cid é investigado por sua participação em diversos casos envolvendo Bolsonaro, incluindo a tentativa de golpe de Estado em 2022–2023 e o caso das joias recebidas da Arábia Saudita.
Em sua delação, Cid afirmou que Bolsonaro se reuniu com os comandantes das três Forças Armadas para discutir a possibilidade de um golpe de Estado visando impedir a transferência de poder após as eleições de 2022. Além disso, Cid declarou ter presenciado Bolsonaro editando a chamada “Minuta do golpe”, um documento que previa a instauração de um estado de defesa e a anulação dos resultados eleitorais.
No caso das joias, Cid revelou que ele e seu pai repassaram US$ 86 mil a Bolsonaro entre 2022 e 2023, provenientes da venda de presentes recebidos do governo da Arábia Saudita.
A defesa de Bolsonaro alega que os depoimentos de Cid são inválidos e busca sua anulação, argumentando que as declarações são caluniosas e carecem de provas substanciais. No entanto, até o momento, não há informações sobre a decisão judicial referente a esse pedido de anulação.
