Há pelo menos três semanas, um incêndio de grandes proporções atinge o depósito de entulhos de Sinop, no norte de Mato Grosso, gerando transtornos à população e sérias preocupações ambientais.
A fumaça densa que emana do local tem se espalhado por bairros vizinhos, comprometendo a qualidade do ar e agravando casos de doenças respiratórias, sobretudo em crianças e idosos.
A situação levou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) a notificar oficialmente a Prefeitura de Sinop, cobrando ações imediatas e mais eficazes. Entre as exigências estão a abertura de aceiros, faixas livres de vegetação para conter o avanço do fogo, e a manutenção de caminhões-pipa no local para o resfriamento da área.
Em nota, a Prefeitura informou que já atendeu às determinações da Sema e que reduziu o volume de resíduos recebidos no espaço. No entanto, o incêndio segue ativo. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Klayton Gonçalvez, as chamas teriam origem criminosa. Ele afirma que foram registradas ocorrências policiais, reforçada a segurança com câmeras e refletores, além de intensificadas as ações de combate ao fogo.
Mesmo com essas iniciativas, o incêndio permanece sem controle efetivo. O diretor regional da Sema, Gabriel Conter, alertou que, caso as medidas exigidas não sejam cumpridas integralmente, o município poderá ser multado tanto pelo descumprimento da notificação quanto pelos danos ambientais causados. Conter reforçou que, durante o período do proibitivo, o uso do fogo é vetado em áreas rurais e proibido durante todo o ano nas zonas urbanas.
Moradores dos bairros mais afetados relatam indignação com a demora na resolução do problema e denunciam sensação de abandono por parte do poder público.
Além dos impactos ambientais, o incêndio representa um grave problema de saúde pública, potencializado pela baixa umidade do ar e pelas altas temperaturas registradas na região.
