Juíza mantém ação que investiga suposto caixa 2 do prefeito de Sorriso; PF já indiciou 17 pessoas

A juíza eleitoral de Sorriso, Emanuelle Chiaradia Navarro Mano, negou o pedido para suspender a ação que investiga o prefeito Alei Fernandes (União Brasil), o vice-prefeito Acácio Ambrosini e o agricultor Nei Francio por suposto uso de caixa 2 nas eleições municipais de 2024.
A decisão mantém o andamento do processo, que pode resultar na cassação do mandato dos gestores.
A magistrada também rejeitou o pedido das defesas para que o prazo de manifestação sobre as provas fosse concedido de forma individual a cada parte. Em sua decisão, Emanuelle fixou o prazo comum de dois dias e destacou que não houve comprovação de prejuízo que justificasse a flexibilização da regra.
A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) após a apreensão de R$ 300 mil em espécie, feita pela Polícia Rodoviária Federal, poucos dias antes da eleição. O dinheiro estava em uma caminhonete conduzida por Nei Francio, que teria desobedecido à ordem de parada e só foi interceptado no acesso à cidade.
A investigação apura se o valor seria usado de forma irregular na campanha de Alei Fernandes.
No mês passado, a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Rustius, que também apura a arrecadação de verbas irregulares na campanha do atual prefeito. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juiz Eleitoral de Garantias do Núcleo do TRE-MT. Agentes estiveram em duas empresas, mas os nomes dos alvos não foram divulgados.
De acordo com a PF, a campanha teria sido financiada por meio de transações ilegais, com o objetivo de ocultar gastos que, se devidamente declarados, excederiam o teto de despesas eleitorais permitido pela legislação. Até o momento, 17 pessoas já foram formalmente indiciadas no inquérito.
O processo segue em andamento na Justiça Eleitoral.

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