Mato Grosso ocupa, atualmente, o primeiro lugar no ranking nacional de casos de hanseníase, uma doença infecciosa crônica que afeta principalmente a pele, os nervos periféricos, os olhos e as mucosas.
Dados do Ministério da Saúde apontam que o estado apresenta os maiores índices de detecção da doença, com uma taxa bem acima da média nacional.
De acordo com especialistas, a hanseníase continua sendo um grande desafio de saúde pública, especialmente em regiões onde o acesso a diagnóstico precoce e tratamento adequado é limitado.
Em Mato Grosso, diversos fatores contribuem para a alta incidência, como a falta de informação, barreiras no acesso aos serviços de saúde e estigma social relacionado à doença.
A hanseníase é transmitida por meio de contato próximo e prolongado com uma pessoa infectada e não tratada. A maioria dos casos diagnosticados no estado ocorre em áreas rurais e periferias urbanas, onde as condições de vida e saneamento básico são precárias.
Apesar de curável, a falta de conscientização sobre os primeiros sinais da doença, como manchas claras ou avermelhadas na pele com perda de sensibilidade, atrasa o diagnóstico e aumenta o risco de complicações, incluindo incapacidades físicas.
A Secretaria Estadual de Saúde tem intensificado campanhas de conscientização e realizado mutirões de diagnóstico e tratamento, visando alcançar as populações mais vulneráveis. Além disso, profissionais de saúde vêm sendo treinados para identificar precocemente a doença e realizar o acompanhamento adequado dos pacientes
O Brasil é o segundo país no mundo com maior número de casos, atrás apenas da Índia.
