Sinop: Jovem morre após sofrer queda durante trabalho na Exponorte; família denuncia possível negligência médica

Uma jovem de 29 anos morreu na madrugada desta segunda-feira (20) em Sinop, após complicações de saúde ocorridas dias depois de sofrer uma queda enquanto trabalhava como segurança na Exponorte.
Tatiana de Oliveira Ressel se acidentou na madrugada de sexta-feira (17), ao pisar em falso nas arquibancadas do evento, o que resultou em uma lesão na região lombar. Apesar das dores, ela permaneceu no plantão até o término do turno.
No dia seguinte, Tatiana buscou atendimento na Policlínica do bairro São Cristóvão. Diante da gravidade do quadro, foi orientada a procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) André Maggi. Segundo relato da companheira, Herleen, a jovem precisou custear um transporte por aplicativo, já que, segundo informou, não havia ambulância disponível para o deslocamento.
Ao dar entrada na UPA, Tatiana foi medicada com morfina e ficou em observação. Ela tinha histórico de problemas cardíacos, conforme relatado pela família. Durante a madrugada, o quadro clínico se agravou. De acordo com o relatório médico, ela apresentou falta de ar, tosse, agitação e queda na saturação de oxigênio.
A jovem foi encaminhada para a sala de emergência, foi intubada e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Apesar dos esforços da equipe para reanimá-la, Tatiana não resistiu e faleceu às 5h46.
O boletim médico aponta como causa provável da morte uma embolia pulmonar. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e o caso foi registrado pela Polícia Civil como “morte a esclarecer, sem indícios de crime”, estando sob investigação.
Nas redes sociais, familiares e amigos cobram explicações e questionam a conduta médica durante o atendimento. A principal crítica recai sobre a suposta negligência no manejo do quadro de saúde, especialmente em relação ao uso de morfina, que, segundo a companheira, teria sido administrada mesmo após ela alertar sobre os problemas cardíacos de Tatiana.
Em nota, a Associação Saúde em Movimento (ASM), responsável pela gestão da UPA André Maggi, afirmou que “todos os dispositivos, exames, serviços de apoio à diagnose e terapia, atenção médica e assistencial foram prestados incondicionalmente para a manutenção do suporte à vida e conforto, diante das causas complexas que evoluíram para tal desfecho”.
O Ministério Público também deve acompanhar as investigações. A família pede transparência no processo e que as responsabilidades, caso confirmadas, sejam devidamente apuradas.

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