O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), voltou a afirmar que não pautará os pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ainda que a proposta receba o apoio dos 81 senadores da Casa.
A declaração foi feita em meio ao aumento da pressão política e popular pela abertura de processo contra o ministro, especialmente por parte de senadores da ala mais conservadora e manifestantes que ocuparam recentemente as dependências do Congresso Nacional.
“Nem com 81 assinaturas eu irei pautar o impeachment”, teria dito Alcolumbre durante reunião com líderes partidários, conforme relatos divulgados por veículos como CBN, GloboNews e Poder360.
Mesmo diante da mobilização de parte do Senado e da base bolsonarista, Alcolumbre sustenta que a decisão de colocar ou não um pedido de impeachment em votação é prerrogativa exclusiva da presidência do Senado, e que ele não se curvará a pressões políticas ou populares.
Segundo reportagem da Gazeta do Povo, o senador Cid Gomes (PSB-CE) afirmou que Alcolumbre foi claro ao dizer que “não há hipótese” de o tema ser levado ao plenário.
A fala do presidente do Senado vem na esteira de protestos organizados nas últimas semanas e de articulações internas por parlamentares que acusam Moraes de extrapolar suas funções constitucionais como ministro do STF.
Apesar das divergências, Alcolumbre sinaliza que sua posição visa preservar a estabilidade entre os Poderes, evitando uma crise institucional ainda maior entre Legislativo e Judiciário. “Cabe ao Senado ter responsabilidade institucional. Não é hora de confrontos”, disse um senador governista.
Além disso, o presidente do Senado reforçou que a análise de pedidos de impeachment deve respeitar critérios jurídicos, não apenas políticos, descartando qualquer tentativa de instrumentalização do Senado para retaliar decisões judiciais.