Nesta quarta-feira (27), o Banco do Brasil oficializou o contrato de empréstimo de R$ 125 milhões com a Prefeitura de Sinop, conforme publicado no Diário Oficial da União. O contrato, de número 145/2023/PFN, foi assinado pelo prefeito Roberto Dorner, pela Procuradora da Fazenda Nacional, Suely de Sousa e Silva, e pelo gerente geral do Banco do Brasil, Bruno Torres de Carvalho.
O dinheiro deve ser utilizado para a construção da nova sede da Prefeitura Municipal e para a implantação de pavimentação asfáltica, drenagem de águas pluviais, sinalização viária e passeio público com acessibilidade.
O contrato estipula um prazo de 120 meses para o pagamento, com os primeiros 12 meses de carência, durante os quais a prefeitura pagará apenas os juros do valor recebido. A amortização do empréstimo começará após esse período. O pagamento será feito via débito automático, onde o Banco do Brasil debitará automaticamente as parcelas do financiamento da conta corrente da prefeitura. A garantia para o pagamento é a arrecadação do município.
Entretanto, especialistas financeiros e membros da comunidade estão questionando as condições do contrato. Com uma estimativa de custo anual de R$ 28,8 milhões para o pagamento das parcelas, mantendo essa projeção por 9 anos, o valor final, sem alteração, ultrapassaria R$ 255,7 milhões. Esses números levantam preocupações sobre o impacto financeiro a longo prazo para os cidadãos de Sinop, bem como sobre a capacidade do município de cumprir essas obrigações sem afetar serviços essenciais.
A decisão de contrair esse empréstimo levanta questões sobre a responsabilidade fiscal da administração municipal e a necessidade de transparência e consulta pública ao lidar com decisões financeiras significativas que afetarão o futuro da cidade e de seus habitantes.