Edgar Ricardo de Oliveira, um dos assassinos responsáveis pela chacina que marcou Sinop (478 km de Cuiabá), no dia 21 de fevereiro, irá a Júri Popular. A decisão, publicada nesta segunda-feira (28), é da juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, 1ª Vara Criminal do município.
Em julho, a defesa de Edgar alegou que a motivação dos crimes teria relação com “situações do passado” e que no dia do crime, as vítimas teriam feito “chacota” envolvendo sua esposa e a paternidade do filho que ela esperava. Entretanto, o argumento foi rebatido pela magistrada
Assassino diz que foi alvo de “chacota” por causa de traição antes de cometer chacina; MP descarta
Além de manter a prisão preventiva de Edgar, Zacarkim acolheu as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, uso de arma de fogo, vítima menor de 14 anos. Ainda conforme a magistrada, o crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
“No que tange às circunstâncias qualificadoras descritas na denúncia, não obstante os judiciosos argumentos defensivos, de igual forma não podem ser afastadas neste momento processual. Com efeito, entendo que há indícios de que o crime foi praticado por motivo torpe, impulsionado pelo sentimento de vingança, em razão de o réu perder aposta em jogo de bilhar, utilizando-se de meio cruel, consistente no emprego de armas de fogo de elevado potencial lesivo e causadora de múltiplas lesões simultâneas, sendo as vítimas atingidas uma a uma”, pontuou a juíza.