Governadores defendem investimento em ferrovias para ampliar agronegócio

Para que o agronegócio continue pujante e contribuindo para o superávit da balança comercial brasileira, os estados estão em busca de ampliar a capacidade de infraestrutura e logística. O assunto foi abordado nesta quinta-feira, 17, pelos governadores Mauro Mendes, do Mato Grosso; Ronaldo Caiado, de Goiás; e Tarcísio de Freitas, de São Paulo, durante o AgroForum 2023, realizado pelo BTG Pactual (do mesmo grupo controlados da EXAME).

Mesmo com realidades estaduais distintas, é consenso entre os governantes que o país necessita priorizar a modernização e ampliação da malha logística, passando por rodovias e ferrovias. Para Mauro Mendes, a infraestrutura “é um problema crônico e provavelmente ainda será”, porque as obras demoram para sair do papel.

“A Ferrogrão quase sai do PAC, tive que pedir para o governo federal mantê-lo e, então, colocaram para seguir nos próximos anos”, afirma o governador do Mato Grosso. O projeto Ferrogrão visa ligar o Porto de Mirituba, no Pará, ao município de Sinop, no Mato Grosso, cujos investimentos previstos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não foram detalhados, mas estão garantidos até 2026.

Para Goiás, Ronaldo Caiado reforça a importância de avançar na Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) e na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). “Precisamos ampliar a malha ferroviária, e com isso estou falando de eficiência e competitividade”, afirma. Com a Fico-Fiol, diz Caiado, a intensão é que a rota saia do Mato Grosso, Goiás e chegue a Bahia.

Malha paulista

Fora do principal eixo produtor de grãos, que é o Centro-Oeste, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também quer ampliar a infraestrutura para o agronegócio. “O desafio é resgatar nosso patrimônio ferroviário. As ferrovias do estado foram parando de funcionar,  mas agora temos investimentos previstos para duplicar a malha paulista”, diz.

Outra solução que Tarcísio de Freitas pretende endereçar em sua gestão é ampliação da entrada do Porto de Santos, para que o acesso seja facilitado e dê agilidade às exportações. Ele afirma que há um bilhão de reais em investimento somente para o Porto de Santos,  além de três mil quilômetros de rodovia para concessão ao longo do estado, o que também tende a desafogar o acesso ao porto.

“Teremos os primeiros trens de passageiros, devemos em breve ter a ligação por ferrovia para conectar Sorocaba, Bauru e o entorno do interior a São Paulo, o que certamente traz repercussão econômica positiva ao estado”, diz o governador paulista.

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