Em fevereiro de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, registrou uma alta de 1,31%. Este é o maior aumento para o mês desde 2003, quando o índice subiu 1,57%
Com esse resultado, a inflação acumulada em 12 meses atingiu 5,06%, ultrapassando o teto da meta de inflação estabelecida pelo governo, que é de 4,5% .
Dois fatores principais contribuíram para essa alta: o reajuste das mensalidades escolares, que ocorre sazonalmente em fevereiro, e o aumento de 16,80% no preço da energia elétrica, após o fim de um alívio temporário nas tarifas ocorrido em janeiro. Além disso, itens como café e ovos também apresentaram aumentos significativos, devido a problemas na safra e maior demanda, respectivamente.
Este cenário de inflação elevada ocorre em um contexto onde as expectativas dos analistas econômicos para a inflação têm piorado, atingindo 4,6% para 2025 e 4% para 2026, distanciando-se da meta de 3% estabelecida pelo governo
O Banco Central do Brasil, em resposta às pressões inflacionárias, aumentou a taxa básica de juros (Selic) em 100 pontos-base, para 13,25%, e sinalizou outro aumento similar para março, visando conter a inflação.
