O Vaticano confirmou, na manhã desta segunda-feira (21), a morte de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, aos 88 anos.
O pontífice faleceu às 2h35 no horário de Brasília (7h35 em Roma), encerrando um papado que durou 12 anos e ficou marcado tanto pela popularidade junto aos fiéis quanto pela resistência interna à sua agenda de reformas na Igreja Católica.
Desde 2013 à frente da Igreja, Francisco se destacou por seu perfil humilde, seus posicionamentos em defesa dos mais pobres e sua tentativa de aproximar a instituição de temas sociais contemporâneos. Embora não tenha promovido mudanças na doutrina, suas propostas de abertura e diálogo enfrentaram forte oposição de setores conservadores do clero.
Nos últimos anos, o estado de saúde do papa vinha sendo motivo de preocupação. Em fevereiro, ele foi diagnosticado com bronquite e, desde então, sua condição se agravou. Em uma de suas últimas aparições públicas, durante uma audiência geral semanal, Francisco precisou interromper a leitura de seu discurso por dificuldades respiratórias.
“Deixem-me pedir ao padre que continue lendo porque ainda não consigo com a minha bronquite. Espero que na próxima vez eu possa”, afirmou na ocasião, demonstrando fragilidade.
Com a morte de Francisco, a Igreja Católica deve iniciar nos próximos dias o processo para a escolha de um novo papa, por meio de um conclave com os cardeais do mundo inteiro reunidos no Vaticano.
