O preço da soja voltou a cair na maioria das praças de comercialização do Brasil nesta quarta-feira (30), refletindo o impacto do avanço da colheita e da expectativa de uma safra recorde no país.
De acordo com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a saca de 60 quilos foi negociada a R$ 115,20, com recuo de 1,71% em relação ao dia anterior.
O cenário de baixa também foi confirmado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que registrou queda de 0,34% no indicador com base no porto de Paranaguá (PR), onde a saca foi cotada a R$ 132,14.
Levantamento da Scot Consultoria mostra que outras regiões também seguem a tendência. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), a saca foi vendida por R$ 118,50 (-1,16%). Já em Rio Verde (GO) e Balsas (MA), os preços permaneceram estáveis, em R$ 116 e R$ 114, respectivamente. No Triângulo Mineiro, houve queda de 0,43% (R$ 117), enquanto em Dourados (MS) a desvalorização chegou a 0,84% (R$ 118).
Nos portos, a saca de soja foi cotada a R$ 131 em Santos (SP) e a R$ 133 em Rio Grande (RS), com quedas de 1,5% e 1,48%, respectivamente.
Segundo o analista Matheus Pereira, da Pátria Agronegócios, o Brasil está colhendo, em 2025, a maior safra de soja da sua história, um volume recorde que pressiona os preços no mercado interno. “Apesar disso, a demanda interna e externa também cresce, o que mantém um equilíbrio relativamente apertado na oferta”, explica.
No cenário internacional, os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago também apresentaram retração. O contrato com vencimento em julho recuou 0,78% (US$ 0,087), encerrando o dia cotado a US$ 10,4450 por bushel.
O mercado segue atento à evolução da colheita brasileira e às movimentações na demanda global, que seguem determinando o ritmo das cotações nas próximas semanas.
