Tarifaço de Trump não derruba preços: carne brasileira segue em alta no mercado interno

A medida adotada pelo presidente norte-americano Donald Trump para taxar produtos brasileiros não teve o efeito esperado no mercado interno. Mesmo com a redução das exportações para os Estados Unidos, a carne bovina continua em falta no Brasil, e os preços seguem elevados.
O cálculo inicial de economistas era de que, com o tarifaço, haveria sobra de carne no mercado nacional, o que naturalmente faria os valores caírem. No entanto, o cenário foi o oposto. Os EUA, que ocupavam o segundo lugar no ranking de importadores da carne brasileira, caíram para a sexta posição.
A perda de espaço foi rapidamente compensada por outros compradores. Entre janeiro e agosto de 2025, as exportações brasileiras de carne cresceram 34%. A China ampliou suas compras em 41% e o México surpreendeu, com aumento superior a 250%.
Segundo Thiago Bernardino, coordenador de Pecuária do Centro de Estudos de Economia Aplicada (Cepea/USP), a competitividade do Brasil explica essa demanda crescente:
“Temos os menores custos de produção do mundo. Isso atrai muitos competidores em termos de compra da nossa carne e mantém o Brasil como líder mundial nas exportações.”
O resultado é que, mesmo diante de barreiras impostas pelos EUA, o Brasil manteve aquecido o mercado internacional, mas a população brasileira continua pagando caro para consumir carne.

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