O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), foi afastado do cargo por 180 dias nesta quinta-feira (6) por determinação do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3). A decisão integra a segunda fase da Operação Copia e Cola, que investiga supostos desvios de recursos públicos na área da saúde do município.
De acordo com a Polícia Federal, há indícios de irregularidades em contratos firmados pela prefeitura com uma organização social responsável pela gestão de unidades de saúde. Além do afastamento, a Justiça expediu mandados de prisão, busca e apreensão, e determinou o bloqueio de cerca de R$ 6,5 milhões em bens ligados aos investigados.
A decisão também impõe restrições ao prefeito, como a proibição de acessar repartições públicas municipais e de manter contato com servidores mencionados nas investigações.
Em pronunciamento nas redes sociais, Rodrigo Manga confirmou o afastamento e declarou que não pretende desistir de Sorocaba. O prefeito afirmou acreditar na existência de “forças ocultas” tentando prejudicá-lo e classificou a decisão como um ataque político.
Com o afastamento, o vice-prefeito Fernando da Costa (PSD) assume interinamente o comando da Prefeitura de Sorocaba.
A Operação Copia e Cola foi deflagrada inicialmente em 2022, após suspeitas de fraudes em licitações e contratações na área da saúde. O nome da operação faz referência ao uso repetido de modelos de contratos e documentos supostamente empregados no esquema.
O caso marca mais um episódio turbulento na política sorocabana e reacende o debate sobre a transparência e a fiscalização na aplicação de recursos públicos destinados à saúde.
