Professora de MT é retirada de prisão domiciliar e deverá cumprir pena em unidade prisional, decide Moraes

Maria do Carmo da Silva, professora condenada por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2022, terá que cumprir pena em unidade prisional após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ela estava em prisão domiciliar desde junho de 2024, após apresentar um quadro grave de depressão.
A defesa de Maria do Carmo havia solicitado a continuidade da prisão domiciliar devido ao agravamento de sua saúde psíquica. Entretanto, Moraes afirmou que a ré “não faz mais jus” a essa medida.
“Como ressaltado pela Procuradoria-Geral da República, apesar de o laudo pericial recomendar medida de segurança com internação hospitalar, observo que o diagnóstico da acusada, apesar de grave, não indica situação de inimputabilidade ou semi-imputabilidade”, escreveu o ministro.
A decisão estabelece que Maria do Carmo cumpra a pena em unidade prisional com tratamento e acompanhamento de psiquiatra e psicólogo.
A participação da professora nas depredações ficou comprovada, segundo Moraes, pelos depoimentos prestados por ela à Polícia e em juízo.
Maria do Carmo admitiu ter ficado quase dois meses acampada no QG do Exército, em Brasília, por discordar de pautas como a ideologia de gênero nas escolas e a liberação de drogas e do aborto, que, segundo ela, são defendidas pelo governo atual.
Ela negou envolvimento no quebra-quebra, afirmando que entrou no Palácio do Planalto com uma Bíblia para orar. Contudo, Moraes considerou esse relato “sem credibilidade”.
“O conjunto probatório demonstra que a ré veio do Mato Grosso diretamente para participar de manifestação golpista em frente ao QGEx de Brasília, tendo invadido a Praça dos Três Poderes e ingressado ilicitamente no Palácio do Planalto”, destacou Moraes.

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