O Partido Liberal apresentou, na tarde desta quarta-feira (23), resposta ao despacho do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, solicitando que seja mantido o escopo da representação eleitoral, que aponta supostas irregularidades em cinco modelos de urnas eletrônicas, apenas sobre o resultado do segundo turno da eleição.
A sigla entende que é necessário investigar os apontamentos e, somente em caso de confirmação de alguma falha, que as decisões recaiam também sobre o resultado do primeiro turno.
Em entrevista coletiva, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o partido nunca buscou a realização de uma nova eleição no país. Segundo ele, o objetivo é discutir a história do Brasil.
“Como vamos viver com o fantasma da eleição de 2022? Nós temos que solucionar isso. E pedimos ao Tribunal Superior Eleitoral que decida a questão”, disse Valdemar.
“Não se trata de pedir outra eleição, de fazer outra eleição, não tem sentido. É um negócio que envolve milhares de pessoas. Por que o cidadão que teve 200 votos, tem que participar do processo. Então, é uma loucura, além de atingir a vida dos senadores, governadores, e tudo mais”, afirmou.
Na representação eleitoral, o partido pediu a invalidação dos votos decorrentes dos modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 das urnas eletrônicas, que chegariam a 250 mil unidades e que, consequentemente, daria a vitória do segundo turno das eleições presidenciais ao presidente Jair Bolsonaro.
Em resposta, Moraes deu 24h para que fosse incluído na ação o resultado do primeiro nas supostas irregularidades.
A alegação de Bolsonaro e Valdemar é de que houve “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” nesses modelos.
Para eles, apenas os votos registrados nas urnas eletrônicas de modelo UE2020, que representa 40,82% de urnas utilizadas no segundo turno, são “idôneos”.
Nessas urnas, conforme o relatório, Bolsonaro recebeu 51,05% dos votos contra 48,95% de Lula (PT).