Deputado estadual vê situação preocupante e alerta para danos ambientais e econômicos no município
O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) protocolou, nesta quarta-feira (20), um requerimento na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para a criação de uma Câmara Setorial destinada a investigar as falhas estruturais na usina hidrelétrica de Colíder.
A solicitação ocorre após a Copel e a Eletrobras, responsáveis pela operação da usina, identificarem problemas em quatro dos 70 drenos da barragem. Como medida de segurança, as empresas decidiram rebaixar o nível do reservatório artificial, conhecido como “lago”, para evitar sobrecarga na estrutura.
O procedimento, no entanto, trouxe impactos severos. Trechos antes alagados pelo rio Teles Pires secaram, resultando na morte de animais aquáticos e em prejuízos econômicos para o município, que tem parte de sua renda ligada ao turismo, marinas, pousadas e pesqueiros.
“Estive na usina, na área que era alagada. O cenário é triste, preocupante. Propomos uma Câmara Setorial para acompanhar os impactos do rebaixamento do reservatório, avaliando a economia local, os danos à biodiversidade, à segurança hídrica do rio e às atividades que dependem dele”, destacou Diego.
Apesar das consequências ambientais e sociais, o parlamentar reconheceu a necessidade da decisão.
“Jamais vamos pensar que não deveriam esvaziar o lago. Foi uma medida de precaução para salvar vidas humanas. O problema é que esse esvaziamento está causando danos, e precisamos agir para mitigá-los”, afirmou.
Diego Guimarães já iniciou a coleta de assinaturas entre os deputados para viabilizar a instalação da Câmara Setorial. Ele classificou a situação como “gravíssima” e defendeu o acompanhamento direto do poder público.
“Essa pauta é muito importante e não se resolverá em 30 ou 60 dias. Precisamos cobrar da Eletrobras a reparação dos danos já causados e os que ainda virão. A população dos municípios impactados merece respostas rápidas e soluções concretas”, completou.
Após visitar a região, o deputado também levantou a possibilidade de convocar representantes do Governo Federal, caso seja necessário ampliar a busca por estratégias que evitem novos prejuízos ambientais, sociais e econômicos para Colíder.